Tradução do artigo "Some good news about gender equality that you may have missed", da UN Women (ONU Mulheres), no Medium. Clique aqui para ler o texto original
Como a COVID-19 impactou todos os aspectos da vida em todo o mundo, o assunto dominou os ciclos de notícias e ocupou a maior parte de nossa atenção e energia.
A pandemia também lançou mais luz sobre as desigualdades de gênero existentes e crescentes, como a divisão desigual do trabalho não remunerado em nossas casas e a violência doméstica.
Embora essas necessidades urgentes permaneçam na vanguarda de nossos pensamentos e ações, hoje queremos também comemorar alguns marcos que alcançamos em 2020. Junte-se a nós para celebrar alguns dos destaques da equidade de gênero e dos direitos das mulheres que você pode ter perdido nos últimos meses.
Sudão criminaliza a mutilação genital feminina
Em maio, o governo do Sudão aprovou uma emenda à lei penal que efetivamente proíbe a prática da mutilação genital feminina. Qualquer pessoa que pratique a mutilação, seja em um centro médico ou fora dele, pode pegar três anos de prisão e multa.
A Suprema Corte dos EUA decide que a Lei dos Direitos Civis protege trabalhadores gays e transgêneros
Em junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu a favor de uma lei de direitos civis para proteger os trabalhadores gays e transgêneros da discriminação. A decisão declarou que a Lei dos Direitos Civis, original de 1964, que proibia a discriminação com base no sexo, também se aplica à discriminação com base na identidade sexual e de gênero.
Nova Zelândia aprova um projeto de lei para garantir a igualdade de pagamento
Embora uma lei existente da Nova Zelândia garanta que mulheres e homens sejam pagos igualmente pelo mesmo trabalho desde 1972, o Projeto de Emenda sobre Igualdade Salarial deste ano se concentra na igualdade salarial e aborda algumas das causas persistentes da disparidade salarial de gênero: salários baixos e subvalorização de indústrias dominadas por mulheres. A legislação, aprovada em julho de 2020, garantirá que mulheres e homens sejam pagos igualmente por trabalhos diferentes, mas de igual valor, incluindo em indústrias cronicamente mal pagas dominadas por mulheres. A nova lei torna mais fácil para os trabalhadores registrar queixas sobre desigualdade salarial e define orientações sobre como comparar os salários em áreas com habilidades e responsabilidades semelhantes.
Semáforos de Mumbai ficam mais inclusivos
Os semáforos em Mumbai foram remodelados com a adição de uma figura feminina em vez de uma típica figura masculina. As novas luzes mais inclusivas visam desafiar as percepções públicas, chamar a atenção para a exclusão subconsciente das mulheres e promover a representação das mulheres em todas as esferas públicas.
O número de CEOs do sexo feminino na Fortune 500 bate recorde histórico
A Fortune 500, uma classificação das maiores empresas dos Estados Unidos, atingiu um novo recorde para mulheres líderes em 2020, com 37 das empresas sendo lideradas por mulheres, em comparação com 33 no ano passado. A nova alta para mulheres líderes marca uma tendência contínua de mais CEOs mulheres e, embora isso ainda represente menos de 10% da liderança feminina na Fortune 500, é uma tendência que queremos celebrar e acelerar, já que há somente 20 anos, havia apenas duas mulheres CEOs de empresas Fortune 500.
Costa Rica legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo
A Costa Rica se tornou o primeiro país da América Central, e o sexto em toda a América Latina, a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um tribunal constitucional já havia decidido a favor da igualdade no casamento em 2018, e a proibição oficialmente suspensa 18 meses depois, em maio de 2020.
Essa última não estava no artigo da ONU Mulheres, mas também é um grande avanço na luta pela equidade de gênero.
CBF equipara diárias e premiações pagas às Seleções Brasileiras de Futebol
Na última semana, além da contratação das duas novas coordenadoras, Duda Luizelli e Aline Pellegrino, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo, comunicou a equiparação dos pagamentos feitos aos jogadores e as jogadoras das Seleções Brasileiras Principais. A medida inédita concede às atletas que vestem a camisa da Seleção os mesmos valores de diárias e premiação pagas aos jogadores para períodos de preparação e jogos.
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