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Foto do escritorMariana Kneipp

Meninas que você precisa conhecer: a nova geração está liderando as mudanças

Tradução do artigo "Girls to know: The next generation is already leading the way", da UN Women (ONU Mulheres), no Medium. Clique aqui para ler o texto original

Em todo o mundo, as meninas estão promovendo mudanças. Elas são ativistas e defensoras das linhas de frente dos movimentos pela igualdade social e racial. Estão pedindo uma ação climática urgente e exigindo espaço nas mesas de tomada de decisão em suas comunidades, países e além. O tema do Dia Internacional das Meninas (11 de outubro) desse ano, "Minha voz, nosso futuro igual", destaca como as meninas em todos os lugares estão liderando o caminho para a criação do mundo que todos queremos e merecemos. Meninas - seus direitos, vozes, talento e sonhos - são a base do mundo que desejamos. Aqui estão apenas oito meninas que estão mudando o mundo e que você deve conhecer:


JULIETA MARTINEZ (Chile) @julietamartinezo

"Uma das coisas que mais me frustra é a lentidão com que às vezes surgem soluções para tratar de questões que afetam diretamente as meninas. A falta de urgência e os obstáculos da política partidária geram desconfiança nas pessoas, e as soluções se distanciam. É por isso que as soluções não devem ser simplesmente PARA meninas, ela devem ser criadas COM as meninas. Queremos ser protagonistas da mudança, não espectadoras."

Julieta Martinez é uma ativista pelo clima e pela igualdade de gênero, de 17 anos, que fundou uma organização para empoderar meninas e jovens. A Plataforma Colaborativa "Tremendas" trabalha para incentivar o impacto social de jovens em suas comunidades. Ela envolveu os jovens nas principais questões globais e comunitárias, incluindo meio ambiente, inclusão, gênero, saúde e bem-estar e educação. Julieta também é membro da Força-Tarefa Juvenil para Igualdade de Geração das Mulheres da ONU, que coloca os jovens no centro dos diálogos e do processo de revisão durante o 25º aniversário da Declaração e Plano de Ação de Pequim, o acordo internacional mais abrangente sobre os direitos das mulheres e igualdade de gênero.


LATIFATOU COMPAORÉ (Burkina Faso)

"Há muitas meninas que são vítimas de Mutilação Genital Feminina todos os anos. É uma prática atroz que as meninas da minha idade experimentam. Essas jovens sofrem muito e ficam marcadas para o resto da vida. Vamos lutar juntos para acabar com o MGF. É uma causa que defenderei ao longo da minha vida."

Latifatou Compaoré, de 14 anos, aprendeu sobre o espírito de resistência com a mãe. Depois de sofrer mutilação genital feminina e ver outra menina morrer por causa disso, a mãe de Latty prometeu nunca comprometer a segurança e a saúde de suas próprias filhas. Depois de ouvir a história de sua mãe, Latty assumiu seu ativismo e exige o fim da prática da Mutilação Genital Feminina. Ela usa seu talento como cantora para espalhar a palavra sobre o quão prejudicial a MGF pode ser. Em 2018, o UNFPA homenageou Latty e outras meninas ativistas como ela, que estão trabalhando para acabar com a prática.



GRETA THUNBERG (Suécia) @gretathunberg

"Todos vocês vêm a nós, jovens, em busca de esperança. Como ousam? Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias e, no entanto, sou uma das que tem sorte. As pessoas estão sofrendo. As pessoas estão morrendo. Ecossistemas inteiros estão entrando em colapso."

Esta ativista de 16 anos se tornou o rosto de um movimento global pela mudança climática em 2019. O movimento de Thunberg começou com ela faltando aula e acampando em frente ao Parlamento sueco, exigindo ações para proteger o planeta para as gerações futuras, e cresceu para uma greve global. Em setembro de 2019, Thunberg cruzou o Atlântico em um barco livre de emissões para falar na Cúpula do Clima da ONU, em Nova York, onde condenou os líderes mundiais por sua falta de ação.


SAMAIRA MEHTA (Estados Unidos) @coderbunnyz

"Estamos vendo que mais e mais pessoas estão começando a se tornar defensoras da igualdade de gênero. Se todos nós nos juntarmos como um todo, seremos capazes de causar um impacto ainda maior. Minha geração inteira e as gerações futuras terão um papel muito importante nessas conversas, porque temos novas perspectivas e novas ideias. Se fizermos todas as vozes serem ouvidas, quem sabe que possibilidades incríveis nos esperam?"

Com apenas 11 anos, Samaira Mehta já é a fundadora e CEO de Coderbunnyz e Codermindz, dois jogos de tabuleiro que apresentam às crianças os conceitos de programação de computadores e inteligência artificial. Ela também é a criadora da iniciativa “Sim, um bilhão de crianças podem codificar”, que visa a ajudar um bilhão de crianças a ter acesso a STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e ferramentas de codificação até 2030. Samaira acrescentou sua voz à campanha "Igualdade da Geração das Mulheres da ONU" este ano e deu dicas sobre como fechar a lacuna de gênero em STEM.


MILLIE BOBBY BROWN (Reino Unido) @milliebobbybrown

"Em algum lugar do mundo hoje - agora mesmo - uma adolescente está sofrendo bullying online. Ela está assustada. Ela está vulnerável. Ela se sente sozinha. Minha mensagem para ela é esta: você não está sozinha. Existem pessoas que se preocupam com você. Existem pessoas que ouvirão se você pedir ajuda. Voce tem direitos"

Mais conhecida por seu papel como "Eleven" na série de sucesso "Stranger Things", Millie Bobby Brown também é uma forte defensora dos direitos das crianças. Como Embaixadora da Boa Vontade do UNICEF, a atriz usa sua voz para chamar a atenção para os problemas que as crianças enfrentam em todo o mundo, incluindo a falta de educação e espaços seguros, e o impacto da violência, bullying e pobreza.




NEHA (Nepal)

"Muitas meninas enfrentam o assédio online. Uma criança pode não ser capaz de cozinhar sua própria comida, mas ela sabe como abrir uma conta nas redes sociais. Precisamos de mecanismos de denúncia mais fortes para que, se formos assediados online, as empresas de mídia social entrem em ação. As plataformas de mídia social precisam ser seguras para mim e outras garotas. Precisamos fazer o máximo de barulho possível e alcançar outros"

Neha é uma ativista pelos direitos das meninas e pela igualdade de gênero que cresceu em uma favela de Katmandu, no Nepal. Ela começou seu ativismo em clubes de meninas e jovens da comunidade, onde lidou com questões que vão desde o tráfico de crianças até a violência de gênero. Agora, como Jovem Influenciadora Global da Plan International, ela é uma inspiradora ativista e líder da Rede de Meninas Mahila Ekta Samaj, do Nepal, que reúne meninas ativistas das 10 principais favelas do vale de Kathmandu. Neha também é apresentadora do programa de rádio do Nepal # CoolKids.com, onde aumenta a conscientização contra a exploração sexual online e o assédio de meninas. Antes do Dia Internacional das Meninas, Neha se juntou à ONU Mulheres e ao Plan International para uma conversa sobre ativismo digital juvenil.



JAKOMBA JABBIE (Gâmbia)

"A educação é importante, especialmente para uma menina. Ela permite que você desenvolva confiança em si mesma, mostre seus talentos e fale por seus direitos. Se não formos educadas, não conheceremos nossos direitos e responsabilidades. São os professores que começam tudo. Eles perguntam: o que você quer ser no futuro? Se você responder 'médica', eles não podem dizer 'mas você é uma menina'. Eles precisam dizer 'você consegue'"

Jakomba Jabbie, de 16 anos, é uma defensora vocal da educação de todas as meninas na Gâmbia, especialmente quando se trata de habilidades em ciência e tecnologia. O ativismo de Jakomba começou dentro de sua própria escola, quando ela fundou um clube de robótica depois de ver que as meninas não eram incentivadas a buscar cursos e carreiras em tecnologia e inovação. A aspirante a engenheira aeroespacial serve como uma grande inspiração para todas as meninas que desejam seguir os estudos STEM e sempre enfatiza a importância de dar às meninas espaço para se destacarem nas áreas onde estão sub-representadas. Em 2019, Jakomba compartilhou sua história com a ONU Mulheres durante a 63ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher, onde ela participou de um evento paralelo sobre igualdade na lei para mulheres e meninas.


SOFIA SCARLAT (Romênia)

"Sinto-me inspirada pelas muitas jovens que vi se mobilizando em meu país, ganhando confiança em suas idéias e no desejo de mudar as comunidades em que cresceram. Muitas de nós foram instruídas a reduzir nossas expectativas, mas apesar disso acho que começamos a perceber que as mudanças acontecem por nossa causa e que podemos ter um grande impacto com recursos limitados"

Sofia Scarlat é uma estudante de 17 anos da Romênia. Ela fundou a Girl Up, a primeira organização de igualdade de gênero da Romênia para adolescentes e trabalha para promover a igualdade de gênero por meio da prevenção da violência doméstica, violência sexual e tráfico de pessoas. Ela também é uma forte defensora da educação sexual abrangente e promove assistência jurídica para menores vítimas de violência de gênero. Em outubro de 2020, Sofia foi anunciada como um novo membro da Força-Tarefa da ONU Mulheres, Geração para a Igualdade, Juventude.

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